ou melhor: desespero
foi o que me levou ao hospital da cidade ara amenizar o que o inconsciente coletivo histérico faz com uma mente humana, já fragilizada.
todos a minha volta me aconselharam a ver se estava com H1N1, a gripe que mata.
e eu pensei: mas assim, "de repente, não mais que de repente" (licença poetica - Vinicius de Moraes)
pensei:
isso não me acontece quando tenho tanta raiva da vida que quase não consigo suportar, aontece quando só tenho uma raiva amena.
em instantes, que demoraram a eternidade de uma angustia: assim, morrer em INdaial - que ódio, eu odeio essa cidade.
assim, com o apartamento todo desarrumado
assim, depois de sofrer tanto, vou morrer na praia?
fico mais dramática do que nunca quando estou doente. e sozinha, me sinto realmente desamparada.
(dramática¹¹¹¹)
pensei: digo para a minha mãe que vou fazer uma viagem elas américas e não vou er temo de ligar, faço uma procuração para a minha amiga para retirar as minhas finanças e pagar a minha cremação.
tudo isso até ser atendida pela médica.
depois, do susto, o alivio: pode não ser,
ai desencadeou uma série de lembranças que explicam a minha reação
por mais esquecida ela minha familia, sim, eu tive uma um dia, eu era muito mimada quando era criança.
sempre que ficava doente ganhava presentes
boas aquisições para a época, a uvinha, a menina flor, todas foram fruto de doenças.
uma vez estava em Minas Gerais e me feri com uma faca enferrujada. (um corte superficial de 1cm)
liguei para o meu pai, chorando, em prantos, por que achava que estava com tétano.
odeio ir ao hospital sozinha. me sinto tão, mais tão abandonada.
e por ai foram correndo lembranças da minha infância....
sempre chorava no fim da tarde na escolam, quando achava que a minha mãe não ia me buscar.
chorava muito
sempre tinha uma freira que me acalentava, não sei por que isso acontecia
sim, são lembranças torpes, incondizentes com a injustiça do mundo, mas das quais sou acometida
por que eu sei que eu sou ridicula em muitas ocasioes, mas sou eu.
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