quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Estrela, estrela

Estrela, estrela,
como ser assim
tão só, tão só
e nunca sofrer

brilhar, brilhar,
quase sem querer
deixar, deixar
ser o que se é

No corpo nu
da constelação
estás, estás
sobre uma das mãos

e vais e vens
como um lampião
ao vento frio
de um lugar qualquer

é bom saber que és parte de mim
assim como és
parte das manhãs

melhor, melhor
é poder gozar
da paz, da paz,
que trazes aqui

eu canto, eu canto
por poder te ver
no céu, no céu
como um balão

eu canto e sei
que também me vês
aqui, aqui
como essa canção.



Essa música sempre me toca
quando escutava, me causava lágrimas (mau uso da próclise)
por tantos motivos....
o primeiro deles é  declaração de amor às estrelas..
a dorzinha serena da solidão e dos momentos delicados...
as estrelas confortam a saudade
sabendo que estamos todos abaixo das estrelas, existe algo que nos une....

já disse que quando me separava das minhas irmãs, combinavamos de olhar para as estrelas na mesma hora.
mesmo distantes estariamos unidas...

esta canção é como uma cantiga de ninar...
no céu, no céu, como um balão....

imagino alguma estrela delicadamente sozinha....
como algum ponto luminoso dentro de mim...
deixando ser o que se é...
vai e vem, ao vento frio de um lugar qualqeuer....

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